Figueira da Foz - Cruz Santos

Passeio em frente ao Posto de Turismo da Figueira da Foz- anos 50 -Século XX - Ao fundo a Serra da Boa Viagem. Desenho de Cruz Santos

sábado, 13 de agosto de 2016

Lavos - Figueira da Foz


Heráldica
Escudo de prata, banda de azul carregada de três pirâmides de sal, postas em pala, acompanhada em chefe de duas enxadas de vermelho, com cabos de verde, passados em aspa e, em ponta, de um barco de negro, com remos do mesmo e vogando sobre um ondado de verde e prata. 
Coroa mural de prata de quatro torres.
Listel branco, com a legenda a negro: "LAVOS".

D.R.III Série nº 157, de 09/07/01



Paróquia de Lavos
É seu orago N. Srª da Conceição e foi priorado da apresentação alternativa ao pontífice, rei, bispo e cabido da Sé de Coimbra, no termo de Montemor-o-Velho. 
Passou mais tarde para a apresentação do ordinário e de concurso. D. Afonso II deu-lhe foral em Janeiro de 1217 e de D. Manuel I em 20 de Dezembro de 1517. 
Em 1808, na praia de Lavos desembarcou o exército inglês comandado por Beresford e Weslelley, no auxílio a Portugal para a expulsão dos franceses. 
Foi couto, sede e denominação de concelho, extinto pelo decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando a integrar desde então o da Figueira da Foz. Integrado na comarca da Figueira da Foz em 1839, passa em 1852 para a de Soure e, em 1878, novamente para a da Figueira da Foz.




Lavos - Igreja Matriz



Lavos - salineiras



Lavos - Coreto


Lavos - Festa do Sal




Lavos - Homenagem à salineira



Monumento - Homenagem ao Bacalhoeiro


Lavos - Museu do Sal




Maiorca - Figueira da Foz

Heráldica
Escudo de verde, torre quadrangular de prata, lavrada de negro, aberta e frestada de vermelho, entre um ramo de oliveira e um ramo de sobreiro, ambos de prata e frutados de ouro, postos em orla, com os pés passados em aspa e atados com torçal de ouro; campanha diminuta ondada de três tiras de prata e azul. 
Coroa mural de prata de quatro torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: «MAIORCA».

D.R.II Série nº 99, de 23/05/08



A tradição popular adoptou uma lenda para explicar o nome do povoado. De acordo com esta lenda, os habitantes de Montemor-o-velho afirmariam, do cimo do seu castelo, que o monte onde este se encontra edificado era o maior da região, ao que os habitantes de Maiorca responderiam, em referência ao seu próprio monte, "maior cá". Vendo esta disputa de fora, a população de Verride diria "vede e ride".

A povoação da Vila de Maiorca recebeu foral em 1194, outorgado pelo prior do Mosteiro de Santa Cruz.


É  orago de Maiorca  o Salvador do Mundo. 
Foi vigairaria do Cabido da Sé de Coimbra, no termo de Montemor-o-Velho. 
Passou mais tarde a priorado da apresentação do ordinário e de concurso. 
Era couto muito antigo ligado à Universidade de Coimbra, sendo mais tarde cabeça de concelho, extinto pelo decreto de 31 de Dezembro de 1853.


Paróquia de Maiorca
Sobre a origem do topónimo, parece que a palavra “Maiorca” provém do árabe, sendo composta por dois topónimos: “Mal”, que significa “muito” e “Horca” que quer dizer “apertado”, devido ao facto de a antiga localização do povoado se situar numa ínsua estreita e comprida entre os dois braços do Rio Mondego. Maiorca é uma povoação muito antiga, que recebeu foral em 1194, concedido pelo Prior do Mosteiro de Santa Cruz. Foi vigairaria do Cabido da Sé de Coimbra, no termo de Montemor-o-Velho. Passou mais tarde a priorado da apresentação do ordinário e de concurso. Era couto muito antigo ligado à Universidade de Coimbra, sendo mais tarde cabeça de concelho, extinto pelo decreto de 31 de dezembro de 1853, altura em que passou a fazer parte do da Figueira da Foz.



Paço de Maiorca




Paço de Maiorca








Marinha das Ondas - Figueira da Foz


Heráldica
Escudo de prata, barco saveiro de negro, realçado de ouro e vermelho, vogando em campanha diminuta ondada de verde e prata, de três tiras; em chefe, armação de moinho de negro, cordoada do mesmo e vestida de azul. 
Coroa mural de prata de quatro torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: «MARINHA das ONDAS».

D.R.II Série nº 66, de 04/04/2013

Foi elevada a vila em 12 de Junho de 2009


Esta é a Igreja Matriz da sede de Freguesia sendo edificada no século XX, dedicada à padroeira, onde no altar-mor existe uma imagem da Santa, do século XVII, sendo a sua base num barco sobre as ondas Orago da Freguesia:
Nossa Senhora das Ondas.


Existem duas explicações para a origem do nome desta freguesia. O nome “ Marinha” deve-se à circunstância de terem existido, perto desta localidade, marinhas de sal, daí o aparecimento dos topónimos "Marinha de Cima" e "Marinha de Baixo". Gradualmente esses dois povoados fundiram-se num só, constituindo a actual povoação de Marinha das Ondas.
 Existe também uma lenda, segundo a qual um homem, durante a sua faina, terá visto Nossa Senhora nas Ondas, o que explicará a segunda parte do topónimo.



Marinha das Ondas - Igreja Paroquial 
A paróquia da Marinha das Ondas foi criada por decreto de D. Ernesto Sena de Oliveira, de 26 de Janeiro de 1961, sendo a igreja paroquial benzida a 29 de Janeiro dw 1962 pelo mesmo prelado.


Marinha das Ondas - Monumento à Peixeira da  Leirosa


Marinha das Ondas - Leirosa - Arte Xávega




O povoamento do território que compõe a actual freguesia de Marinha das Ondas reporta-se, pelo menos, aos tempos que antecederam a Fundação da Nacionalidade. De facto, esta região era já um significativo porto de pesca nos primeiros anos do Séc. XI.
Desanexada da freguesia de Lavos em 1927, o desenvolvimento da Marinha das Ondas esteve outrora relacionado com a função do Mosteiro de Seiça, uma vez que foram os seus monges que implementaram o comércio e a agricultura e fizeram desta região uma próspera produtora de vinhos.



Moinhos da Gândara - Figueira da Foz

Heráldica
Escudo de verde, barra ondada de prata e azul de três peças, entre uma armação de moinho de negro, vestido de prata e cordoada de ouro, e uma roda de azenha do mesmo. 
Coroa mural de prata de três torres. 
Listel branco com a legenda a negro “ MOINHOS DA GÂNDARA “.

Brasão oficial desde 19 de Julho de 1999

A freguesia foi criada em 20 de Junho de 1997, por desanexação da vizinha freguesia das Alhadas.


A designação de Moinhos da Gândara alude aos moinhos de água e vento que existiam nesta zona "desde os princípios do século XIX, com a ajuda dos quais as pessoas fabricavam o seu próprio pão".
Não existem fontes históricas com base nas quais se possa dizer com exatidão quando se terá dado o início do povoamento da região onde a freguesia se insere. Porém, poderemos apontar alguns marcos históricos importantes, começamndo por apontar o domínio e a influência que a Ordem de Santa Cruz de Coimbra exerciam sobre os povos desta zona geográfica através da QUINTA DE FÔJA, situada na freguesia de Santana, a cerca de 8 km de distância.
Aí imperaram durante séculos os denominados FRADES CRÚZIOS, pertencentes a uma conhecida ordem religiosa sediada no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que geriam e administravam não só a Quinta de Fôja, onde iniciaram a cultura do arroz, como toda esta região. Para isso, tomavam os Povos Vizinhos seus serviçais a troco de pequena soldada. As propriedades de toda a região eram dessa Ordem Religiosa, o que obrigava os habitantes dos povoados a pagarem a renda pelo amanho das terras.
Como pontos de referência desta gestão, temos ainda hoje algumas reminiscências, casos da Casa da Renda, situada no lugar e freguesia de Alhadas, e nome da povoação onde se situa a sede da Junta de Freguesia, Quinta dos Vigários.



Gândara - Igreja Matriz 


Gândara - Monumento do Moleiro


Gândara -  Roda de moinho de água







Paião - Figueira da Foz

Heráldica
Escudo de verde, com uma lira de prata, tendo em chefe duas tesouras abertas de ouro e, em campanha, um arado do mesmo. 
Coroa mural de prata de quatro torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: «PAIÃO».

D.R.III Série nº 92, de 12/05/05



Paião tem por orago N. Srª do Ó e foi vigairaria da apresentação do mosteiro de Santa Clara de Coimbra, no termo de Montemor-o-Velho. 
Integrou o concelho de Lavos, extinto pelo decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando para o da Figueira da Foz. 
Em 1839 fazia parte da comarca da Figueira da Foz, em 1852 da de Soure e, em 1878, novamente da Figueira da Foz.


Paião tem por orago N. Srª do Ó e foi vigairaria da apresentação do mosteiro de Santa Clara de Coimbra, no termo de Montemor-o-Velho. Integrou o concelho de Lavos, extinto pelo decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando para o da Figueira da Foz. Em 1839 fazia parte da comarca da Figueira da Foz, em 1852 da de Soure e, em 1878, novamente da Figueira da Foz.
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Paróquia de Paião
A freguesia do Paião foi criada em 1900, depois de ter sido desanexada de Lavos em Dezembro de 1853, no entanto a actual Igreja paroquial só começou a ser construída em 1902.  
A 30 de Junho de 1989 a povoação foi elevada a vila. Paião pertenceu, noutros tempos, a uma ordem de vigários que estavam ligados ao Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. 
O Paião albergou uma ordem de vigários ligada ao Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. 
Com Lavos formou um concelho pertencente a Montemor-o-Velho, o qual viria a ser extinto em 1853. Esta Freguesia teve fama de terra dos alfaiates, chegando a haver naquela localidade cerca de 30 alfaiates.
A freguesia do Paião é rica em monumentos históricos dos quais se salientam o Convento de Seiça e a Capela de Seiça. Seiça tem uma história provida de interesse, que se cruza com os Mouros, D. Afonso Henriques, a Ordem de Cister e o arroz. Seiça é um sítio divino, mágico, onde habita Santa Maria de Seiça, que podemos visitar na sua capela, e onde existe um Convento. Foi habitado por monges da Ordem de Cister ate ao séc. XIX! Com a extinção dessa ordem foi comprado pela família Carriço, que o utilizou como fábrica de descasque de arroz e construiu ainda no local três vilas.
Trata-se pois, de três casas, um convento, uma capela, três fontes, campos de arroz e de milho, uma ribeira e os seus canais, sapais e algumas zonas pantanosas, não de uma aldeia, talvez de um sítio, onde os monumentos e as casas se misturam num eco sistema rico e cheio de vida.
A fundação deste mosteiro data do séc. XII, altura em que entrou para a Ordem de Cister, quando D. Sancho I o doou ao mosteiro de Alcobaça. A construção foi levada a cabo pelo arquitecto Mateus Rodrigues, durante finais do séc. XVI, início do séc. XVII.
A sua toponímia é controversa, defendendo-se que poderá tanto ter a ver com a vulgarização do termo latino pelagus (relativo ao mar, caracterizando um povoamento de pessoas vindas da costa) que daria polegão (nome de um peixe, depreciativo, atribuído a um grupo de pessoas), como de uma origem mais próxima por um aumentativo de Paio (ligado a uma localidade próxima chamada Sampaio. 


CONVENTO DE SEIÇA OU CEIÇA


Numa região de campos férteis e de linhas de água, outrora navegáveis, rodeada por florestas, arrozais e pauis, Seiça sempre teve uma influência mística para quem a visita, transmitindo a sensação de podermos viajar até ao passado. Localizada na freguesia do Paião, a cerca de 15 km da sede do concelho, Figueira da Foz, Seiça é uma localidade parada no tempo.
A história deste lugar cruza-se com a lenda do abade João, monge retirado no Mosteiro de Lorvão, que recebeu do rei Ramiro I, de quem era tio paterno, a doação da vila de Montemor-o-Velho.
Reza a lenda que este abade, acompanhado de um pequeno exército de cristãos, perseguiu os mouros até Seiça, onde os derrotou. Durante a noite, depois da vitória, recebe a notícia de que todos os seus homens mortos em combate, tinham ressuscitado milagrosamente. Em reconhecimento pela Graça concedida, o monge decidiu ficar para sempre em Seiça, onde mandou fundar a capela que dedicou a Nossa Senhora de Seiça.
Dessa ermida, que ruiu em 1590, nada resta. Em 1602, no mesmo lugar e por iniciativa de Frei Manuel das Chagas, foi construída a actual capela de Nossa Senhora de Seiça.



A poucos metros de distância desta capela encontra-se o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, do qual se desconhece a data exacta de fundação e cuja referência documental mais antiga data de 1162, pertencendo então aos Frades Crúzios.



Diz a lenda que certo dia D. Afonso Henriques andava à caça nas matas de Seiça quando um seu criado caiu do cavalo e morreu. Existindo ali perto uma ermida levaram para lá o corpo do jovem cavaleiro. Mas quando já preparavam o seu enterro, eis que o rapaz abre os olhos e revive. Tal milagre foi logo atribuído a Nossa Senhora de Seiça e o rei terá então mandado construir ali perto um Mosteiro em honra a Santa Maria de Seiça. [1]
Em 1175 D. Afonso Henriques doou àquela comunidade uma carta de couto [3] e em 1195 este Mosteiro passou para a Ordem de Cister.
Entre os finais do século XVI e o início do século XVII este edifício foi totalmente reedificado, o qual, devido à proximidade do Colégio de Santa Cruz de Coimbra, passou a funcionar como Centro de Estudos Filosóficos de toda a congregação da Ordem de Cister, entre os séculos XVII e XVIII [4].



Mosteiro de Santa Maria de Seiça
Após a dissolução das ordens religiosas em 1834, este mosteiro foi vendido a um particular que transformou parte do edifício em fábrica de descasque de arroz. Presentemente, este monumento, propriedade da Câmara Municipal da Figueira da Foz, encontra-se desprovido de utilização.
 Com o cognome de Povoador, o rei D. Sancho I, favoreceu o povoamento em diversos pontos do território português de então. A fundação de um mosteiro não se tratava apenas de uma obra de devoção ou edificação religiosa, assumindo igualmente um papel de estímulo ao desenvolvimento agrícola e à criação de povoações. De facto, os monges desempenhavam um papel civilizacional, económico e administrativo do país, dado que, para além das suas funções religiosas, também cultivavam e ensinavam a cultivar terras e defendiam o território dos inimigos.
A zona onde o convento foi instalado, junto à ribeira de Seiça, então navegável, era uma área bastante alagadiça e pantanosa. Os monges brancos, como era conhecida a Ordem de Cister, contribuíram de forma decisiva para o povoamento, arroteamento e desenvolvimento das vastas áreas que ocuparam. Aplicando as suas inovadoras e intensivas técnicas agrícolas, transformando as envolventes através do desbravamento de terras e da construção de sistemas hidráulicos, rapidamente criaram condições para a fixação de povoados.
Utilizada tanto pelos monges como pelas povoações, a ribeira de Seiça e o controlo dos canais de água revelaram-se fundamentais tanto para a agricultura, como para a implementação de diversos moinhos de rodízio nesta região.
Para além desta ribeira, existem outros cursos de água, tal como o rio Pranto e seus afluentes, que permitiram igualmente a instalação de moinhos nas suas margens.
Dada a escassez de informação é difícil determinar, com exactidão, quantos moinhos terão existido nesta região, qual a data da sua instalação, bem como a sua capacidade produtiva. No entanto, de entre as várias povoações referidas na relação de foros, pagos ao mosteiro entre 1818 e 1835, encontram-se referenciados diversos moinhos, nomeadamente na Azenha, na Ribeira dos Carriços, no Negrote, no Casenho, na Ribeira de Seiça.
De acordo com os documentos manuscritos e respeitantes ao Mosteiro de Santa Maria de Seiça, existentes no Arquivo da Universidade de Coimbra, o foro mais antigo, indicado na referida relação de foros do Mosteiro, é respeitante ao pagamento que, desde 1815, António Joaquim Lopes Garrido, pelo Prazo de um Moinho na Ribeira do Cazenho, paga pelo S. Miguel oito alqueires de trigo e outros oito alqueires de milho e duas galinhas. [5]
No entanto tal não significa que seja o mais antigo, pois tanto o moinho de José Lavaredas como o de Manoel Pedroza filho, também mencionados nos foros, foram herdados de seus pais e, de acordo com os moradores mais antigos desta região, existem moinhos junto à ribeira de Seiça há pelo menos quatrocentos anos.



No século VIII surgiu na Europa um novo cereal, o arroz, introduzido no sul de Espanha pelos Árabes.
Até meados do século XIX o cultivo desta planta, em Portugal, era esporádico. Apenas por volta de 1840 é que a orizicultura se começou a desenvolver de uma forma sustentada no Baixo Mondego, em parte devido ao elevado grau de instabilidade política vivida desde as Invasões Francesas (1807-1810) até aquela data, mas também ao facto de os campos de cultivo serem muito pantanosos. [6]
O aparecimento deste novo cereal levou à necessidade de conceber uma forma de o descascar. Através de uma alteração ao sistema de mós dos moinhos, com recurso à colocação de placas de cortiça entre as mós, os moleiros passaram a ter uma nova forma de rendimento.
Para além das mudanças que aconteceram na agricultura, também no domínio da administração do território ocorriam alterações.
Em 1830 Lavos foi elevado a concelho, composto pelas freguesias de Lavos e de Paião [7] e integrado na comarca de Soure. Em 1834 foram extintas as ordens religiosas em Portugal e em 1835 o concelho de Lavos passou a designar-se por concelho de Lavos e Paião. Em 1853 este concelho foi extinto, passando as povoações que o constituíam a fazer parte da comarca e concelho da Figueira da Foz, até à presente data.
De entre os documentos manuscritos da Câmara do Couto de Lavos, existentes no Arquivo Histórico Municipal da Figueira da Foz, encontra-se um recenseamento geral dos eleitores do concelho de Lavos, de 1852 [8], no qual é indicada a profissão dos mesmos. Nesse recenseamento é feita a referência a quatro moleiros na povoação de Casenho, nove na Ribeira de Seiça e um no Vale Vendeiro.
Na recolha de Informações para a Estatística Industrial do Districto de Coimbra, em 1861, Francisco Teixeira da Silva [9] relata que existiam no distrito de Coimbra 1.101 moinhos, sendo o concelho da Figueira da Foz aquele que possuía o maior número, num total de 227 moinhos. Era na freguesia do Paião [10] que se encontrava a maior concentração de moinhos deste concelho: quarenta e dois moinhos de água e quatro de vento.
Onde outrora existiram dezenas de moinhos de água, hoje subsistem apenas vestígios de alguns desses engenhos. Desde Seiça até ao Casenho ainda é possível encontrar edificações de seis moinhos, todos de rodízio horizontal, em relativo estado de conservação.




Quiaios - Figueira da Foz

Heráldica
Escudo de ouro, com barco posto de proa, de azul, realçado de prata e vermelho, com lastro e remos de negro, entre dois pés de milho de verde, com espigas de ouro e postos em pala; em chefe, fio de prumo de vermelho com cordão de negro. 
Coroa mural de prata de quatro torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: «QUIAIOS».

D.R.III Série nº 122, de 27/06/06


É vila muito antiga que precedeu a fundação da nacionalidade do país, cujo orago é São Mamede. 
Foi vigararia da apresentação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, seu donatário. Integrava em 1839 o concelho de Maiorca extinto pelo decreto de 31 de Dezembro de 1853, passando então para o da Figueira da Foz.


Paróquia de Quiaios
Povoação antiga, que nos finais do século IX constituía uma villa rústica pertencente ao território de Montemor, Quiaios era no final do século XII vigararia da apresentação do Convento de Santa Cruz de Coimbra. 
Terá sido o cenóbio conimbricense quem ordenou, nesta época, a construção, ou reconstrução, da igreja paroquial da vila, dedicada ao mártir São Mamede. 
O actual edifício do templo resulta de uma obra de finais do século XVIII, que visaram sobretudo aumentar o volume do corpo da igreja. Integra elementos da campanha de obras maneirista, executada na década de 30 do século XVII, da qual subsiste a capela-mor, coberta por abóbada de caixotões. 
No programa decorativo destacam-se o tecto da nave, de madeira pintada, e os retábulos colaterais e o principal. Este último alberga uma pintura com a representação de São Mamede, da autoria do pintor conimbricense Luís Serra, datada de 1893. 

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É vila muito antiga que precedeu a fundação da nacionalidade do país. Foi couto e vigairaria da apresentação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Mais tarde, em agosto de 1514, no reinado de D. Manuel I, recebe foral com as obrigações e regalias da povoação. Foi sede de concelho, abolido em 1836, e aparece como freguesia do concelho de Maiorca. Depois de exte último ter sido extinto, Quiaios passa, em dezembro de 1853, a integrar o concelho da Figueira da Foz.






Quiaios - Igreja Paroquial


Quiaios - Foral 1514



Quiaios - Panoràmica vista da Serra da Boa Viagem

Santana 

Heráldica
Escudo de prata, livro de ouro realçado de vermelho entre duas plantas de arroz verde, que se cruzam em aspa na ponta; em contra-chefe, uma lira de vermelho entre duas pinhas de verde, com agulhas do mesmo. 
Coroa mural de prata de três torres. 
Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “ SANTANA – FIGUEIRA DA FOZ “.

D.R.III Série nº 203, de 02/09/96




Santana - Igreja Paroquial


Santana - Coreto 

São Julião - Figueira da Foz

Heráldica
Escudo de verde, dois remos de ouro passados em aspa, entre três folhas de figueira de prata, uma em chefe e duas nos flancos; campanha ondada de prata, azul, prata, verde e prata. 
Coroa mural de prata de três torres. 
Listel branco, com a legenda a negro: «S. JULIÃO da FIGUEIRA da FOZ».

D.R.III Série nº 106, de 08/05/02



As primeiras referências à povoação remontam ao século XI e mencionam uma pequena povoação cuja igreja tinha por orago São Julião da foz do Mondego. 
Em 1080, por ordens do Conde D. Sisnando, o Abade Pedro reconstrói a igreja primitiva, então destruída pelos mouros, renovando o povoamento; em 1096, o mesmo Abade faz dela doação à Sé de Coimbra, cujo cabido também a doa, em 1237, aos "Povoadores de São Julião", foro de Tavarede. O pároco era cura anual da apresentação do cabido da Sé de Coimbra.
Pela sua localização geográfica, São Julião atingiu o seu auge no século XIV como porto de exportação e importação. Local muito cobiçado por estrangeiros, era constantemente saqueado. 
O desenvolvimento económico de São Julião da Figueira da Foz provocou a transferência para o local, da Câmara de Tavarede, em 1770. Um ano mais tarde, Figueira era elevada a vila por D. José I.


Paróquia de São Julião
As primeiras referências à povoação remontam ao século XI e mencionam uma pequena povoação cuja igreja tinha por orago São Julião da foz do Mondego. Em 1080, por ordens do Conde D. Sisnando, o Abade Pedro reconstrói a igreja primitiva, então destruída pelos mouros, renovando o povoamento; em 1096, o mesmo Abade faz dela doação à Sé de Coimbra, cujo cabido também a doa, em 1237, aos "Povoadores de São Julião", foro de Tavarede. O pároco era cura anual da apresentação do cabido da Sé de Coimbra.

Pela sua localização geográfica, São Julião atingiu o seu auge no século XIV como porto de exportação e importação. Local muito cobiçado por estrangeiros, era constantemente saqueado. O desenvolvimento económico de São Julião da Figueira da Foz provocou a transferência para o local, da Câmara de Tavarede, em 1770. Um ano mais tarde, Figueira era elevada a vila por D. José I.



Figueira da Foz - Igreja Matriz de São Julião


Figueira da Foz - Tamargueira


Figueira da Foz



Figueira da Foz - Pelourinho


Figueira da Foz


Figueira da Foz 


Figueira da Foz - Igreja Santo António


Situada entre o mar, o rio e a serra, a freguesia de São Julião da Figueira da Foz é sede do concelho da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra. O seu Orago é, como o próprio topónimo indica, São Julião, o Hospitaleiro, assim designado por este santo, juntamente com sua esposa, receber e hospedar na sua estalagem, pobres pescadores.

O topónimo da povoação é uma conjugação de três elementos, em que o primeiro se refere ao topónimo, "São Julião", sendo os restantes uma designação, do concelho e da sua situação geográfica: "Figueira da Foz". A cidade da Figueira da Foz, apesar de ter sido constituída apenas em 1882, é o resultado da natural evolução do antiquíssimo povoado, anterior à época luso-romana, que foi São Julião.

Devido à falta de documentos tanto escritos como arqueológicos, é extremamente difícil situar temporalmente o início do povoamento desta freguesia.
As primeiras referências históricas da povoação remontam do século XI e referem uma pequena povoação que se foi constituindo em torno da igreja de São Julião da foz do Mondego. Este templo terá sido construído em data incerta e, em 717, foi destruído pelos Serracenos.


De grande importância também é a igreja de Santo António, templo do antigo convento de Santo António, que actualmente funciona como lar de terceira idade; este convento foi fundado no século XVI por Frei António de Buarcos, com o apoio de D. João III.

Existem na freguesia muitos outros monumentos, como é o caso da Casa do Paço, de meados do século XVII, o forte de Santa Catarina, datado do século XVI, o Pelourinho da Figueira da Foz, o cemitério dos Ingleses, o Palácio Sotto Mayor, e ainda o Museu Municipal Dr. Santos Rocha, o Coliseu Figueirense e o Casino Peninsular.



Figueira da Foz  -  Estação Caminhos Ferro  -  1889
Barcos de pesca no Rio Mondego e camponeses e dois muares no caminho para Coimbra